23 febrero 2011

BIOLOGIA Y GENERALIDADES DE ABELHAS Apis mellifera (En portugués)

Classificação Zoológica

Reino
Animal
Filo
Arthropoda
Classe
Insecta
Ordem
Hymenoptera
Subordem
Apocrita
Superfamília
Apoidea
Família
Apidae
Gênero
Apis
Espécie
Apis mellifera L.
Morfologia e Anatomia das abelhas
O corpo das abelhas é dividido em cabeça, tórax e abdômen protegidos por um exoesqueleto duro, recoberto por pêlos.


Figura 5 : Partes do corpo de uma abelha operária Apis mellifera L. (adaptação de Winston, 1987)
Figura 6 : Sistema glandular de uma abelha operária de Apis mellifera L. (Camargo, 1973)


Cabeça
 Na cabeça se localizam os pêlos sensoriais, as antenas, olhos e aparelho bucal. Os pelos sensoriais e as antenas, em número de duas, localizadas na região frontal da cabeça são responsáveis pela percepção do meio ambiente, bem como os olhos que são em número de cinco, sendo dois compostos formados por omatídeos, com função de perceberem a luz, os movimentos a sua volta e as cores: ultravioleta, azul-violeta, azul, verde, amarelo e laranja, por ordem decrescente de sensibilidade. Não são capazes de enxergar o vermelho. Os ocelos são olhos simples em número de três, arranjados em forma de triângulo.
O aparelho bucal é formado de duas mandíbulas que cortam, manipulam o pólen, a cera e a própolis, ajudam na limpeza, retirada de abelhas mortas, na defesa e a probóscide formada pela língua e pelas maxilas, utilizada na coleta e ingestão de líquidos, coleta de pólen, desidratação do néctar, evaporação da água para o controle da temperatura da colméia, troca de alimentos e dispersão dos feromônios da rainha entre as operárias.


- Cinco olhos, sendo três pequenos (ocelos) e dois grandes, subdivididos em omatídeos;
- Um par de antenas (sons e odores);
-  Cérebro;
- Glândulas salivares, com destaque para a hipofaringeana (produtora de geléia real);
- Probóscide;
- Mandíbulas,

Figura 7: Vista frontal da cabeça de uma operária de Apis mellifera com a probóscide estendida
Tórax
Região onde se encontram grandes quantidades de pêlos que fixam os grãos de pólen das flores visitadas pelas abelhas realizando a polinização cruzada ao visitarem outras flores. No tórax, também se encontram os apêndices locomotores, compostos de três pares de patas e dois pares de asas.
As patas, um par em cada segmento torácico, são recobertas por grande quantidade de pêlos e são responsáveis pela locomoção, pela ligação entre as abelhas quando se agrupam em forma de cacho, pela limpeza das antenas, manipulação da cera e da própolis e, também, utilizadas para o transporte de pólen e resina até a colméia em uma poção côncava e sem pêlos, localizada na parte externa da tíbia do último par de patas das operárias, denominada corbícula. A rainha e os zangões não possuem as estruturas para coleta e transporte de pólen e resinas.
As asas localizadas nos segmentos posteriores do tórax, um par em cada segmento, sendo as anteriores maiores, ligadas ao par posterior por ganchos denominados hâmulos, que possibilitam a movimentação dos dois pares durante o vôo. As asas possuem veias irrigadas com hemolinfa (“sangue” das abelhas, frio e incolor).

  Figura 8 : Partes das pernas posteriores de uma abelha operária de Apis mellifera L. 
                 (adaptado de Winston, 1987).
Abdômen
Localiza-se na parte posterior do corpo das abelhas e é formado por sete segmentos nas fêmeas e oito nos machos, ligados por membranas. É recoberto por pêlos e as fêmeas apresentam uma estrutura externa de defesa, o ferrão, constituído de duas lancetas farpadas, sustentadas por forte musculatura e conectado ao saco de veneno. Internamente, o abdômen contém órgãos, sistemas e glândulas: papo melífero, estômago, coração, intestino, glândula e bolsa de veneno, ferrão, glândula de cera.

Figura 9: Sistema digestivo e excretor de uma operária de Apis mellifera com (A) o papo vazio e com (B) o papo cheio (adaptado de Winston, 1991).

ORGANIZAÇÃO SOCIAL E COMPORTAMENTO DAS ABELHAS Apis mellifera L.
A COLMÉIA é a casa das abelhas. Os ocupantes constituem-se em uma FAMÍLIA ou COLÔNIA de abelhas, formada pelos seguintes elementos:
•         Rainha
•         Zangão
•         Operária
Figura 10: Tipos de indivíduos de uma colônia de abelhas Apis mellifera L.
Numa colméia com aproximadamente 60.000 abelhas operárias teremos apenas uma rainha e cerca de 400 zangões, aproximadamente.
Ciclo de vida das abelhas
Para chegar até a fase adulta, a abelha passa por transformações, chamadas de metamorfose, seguindo a seqüência de ovo, larva, pré-pupa, pupa e adulto.
Quadro 1: Ciclo de desenvolvimento das abelhas
Elemento
Ciclo evolutivo (dias)
Período


Ovo
Larva
Pupa
Emergência (nascimento)


Operária
3
5
12
20
38 a 42 dias
Zangão
3
6,5
14,5
24
80 dias
Rainha
3
5
7
15
2 a 5 anos

                               Figura 11: Ciclo de desenvolvimento das abelhas

A Abelha Rainha
  •        Função de manter a ordem social na colméia e de pôr ovos;
  •         Põe até 3.000 ovos por dia quando jovem;
  •         Atinge a maturidade sexual entre o 5º e o 9º dia de vida. Realiza o vôo nupcial e é fecundada por 14 zangões, em média;
  •        Quatro a cinco dias depois de fecundada, já inicia a postura;
  •        Após iniciar a postura a rainha não sai mais para acasalamentos, pois guarda espermatozóides para o resto da vida;
  •       Desenvolve-se em câmara especial, a realeira (desenvolvimento do abdômen);
           
Figura 12: Rainha de Apis mellifera:larva, realeira e adulta                

       •   Vive até cinco anos, porque é alimentada com geléia real durante o período larval e o da vida adulta, mas sua capacidade reprodutiva vai diminuindo com o passar do tempo;
•    Na colméia, a família é mantida unida porque a rainha de forma constante emite um odor chamado de feromônio;
•    A rainha põe ovos fecundados (operárias) e não fecundados (zangões).



       





  Figura 13: Aparelho reprodutor da rainha                  Alvéolos de zangão e de operárias

                                              Figura 14: Postura da rainha (Fonte Embrapa)
O Zangão

•         Atinge a maturidade sexual aos doze dias;
•         Quando o zangão fecunda uma rainha seus órgãos sexuais “explodem”, morrendo instantaneamente. Isso é mais um capricho da natureza, pois, um zangão jamais poderá fecundar sua irmã ou filha, evitando assim a consangüinidade da família;
•         Seu desenvolvimento ocorre em células maiores do que as de abelhas operárias, por essa razão seu corpo é maior;
•         Além da função de fecundar a rainha, indiretamente ele ajuda a regular a temperatura interna da colméia e a esquentar os ovos e as larvas mais jovens;
•         O zangão come muito, não vive mais do que duas horas sem alimento, portanto, quando o mel na colméia fica escasso, as abelhas evitam criá-los e expulsam os já existentes;
•         Tem livre acesso a qualquer colméia;
•         Não possui ferrão.

















Figura 15: Fecundação da rainha Apis mellifera
A Abelha operária
Executam todo o trabalho necessário para a manutenção da colméia. As atividades desenvolvidas pelas operárias estão relacionadas com o desenvolvimento glandular, a idade das operárias e a necessidade da colméia, observando-se a seguinte seqüência:
•         1º ao 5º dia Þ limpeza dos alvéolos de crias, ajudam na limpeza de abelhas recém-nascidas, aquece os ovos e as larvas;
       
                 










                        
                  Figura 16: Operária nascendo       Figura 17: Operárias produzindo cera       
•         5º ao 10º dia Þ apresentam grande desenvolvimento das glândulas hipofaringeanas e mandibulares, produtoras de geléia real. Prepara a alimentação para as larvas, produz geléia real e cuida da criação de novas rainhas, sendo chamadas de abelhas nutrizes;
•         11º ao 18º dia Þ as glândulas cerígenas localizadas no abdômen apresentam seu máximo desenvolvimento, estimulando as abelhas para a produção de cera, constrói os favos e as realeiras para a criação de novas rainhas; recebem, desidratam e armazenam o néctar trazido pelas abelhas campeiras; elaboram o mel; ajudam no armazenamento do pólen;
•         19º ao 21º dia Þ realizam a defesa da colméia, estimulada pelo acúmulo de veneno no reservatório de veneno; prestam serviço de sentinela; são responsáveis pela manutenção da temperatura interna da colméia entre 34°C a 35°C; realizam os primeiros vôos de reconhecimento;
                          
                           Figura 18: Operária utilizando o ferrão
•         22º aos 38/42º dia Þ realizam serviços externos no campo, coletando néctar, pólen, resina e água, sendo denominadas de abelhas campeiras ou coletoras.
A relação da idade com as atividades desenvolvidas pelas operárias pode variar. A longevidade das operárias é próxima aos 40 dias, considerando-se as condições de primavera/verão, época de safra ou de maior atividade das abelhas; no inverno podem viver até 120 dias.
Quando a rainha envelhece, diminui a produção de feromônio, o que afeta diretamente a unidade da colméia. Sentindo o menor efeito do feromônio, as operárias produzem uma nova rainha. Identificam as larvas de até três dias, ideais para a produção de rainhas, destroem os opérculos, constroem as realeiras e alimentam as larvas com geléia real até o nascimento da nova rainha. A primeira que nasce imediatamente destrói as outras, para que nenhuma rival possa nascer.
A colméia fica então com duas rainhas, a antiga, ainda ativa, e a mais jovem. Nesse momento, podem ocorrer duas situações distintas, elas matam a rainha velha ou a expulsam do enxame e fornecem mais alimentos. Em outra situação, pode ocorrer o fenômeno da enxameação. O instinto enxameatório é predominante entre as abelhas africanas.
O fenômeno da enxameação tende a acontecer mais ao final das floradas, quando as reservas alimentares da colméia estão elevadas. Também pode ocorrer por falta de espaço na colméia para o desenvolvimento da colônia, que se vê obrigada a fazer uma divisão, pela presença de favos velhos e defeituosos. Esse fenômeno é o responsável pela multiplicação e distribuição das abelhas.
Um dos comportamentos mais marcante das abelhas é a defensividade. Elas respondem à ameaça da colméia com ataques, utilizando o ferrão como arma. Quando ferroam, liberam um odor de alarme que atrai outras abelhas para o ataque.

         Figura 19: Comportamento das abelhas     
A dança é outro importante meio de comunicação das abelhas, por meio dela as operárias podem informar a distância e a localização exata de uma fonte de alimento, um novo local para instalação do enxame, a necessidade de ajuda em sua higiene ou, ainda, podem impedir que a rainha destrua novas realeiras e estimular a enxameação.
O cientista alemão Karl Von Frisch descobriu e definiu o sistema de comunicação utilizado para informar sobre a localização da fonte de alimento, observando que as abelhas costumam realizar três tipos de dança: dança em círculo, dança do requebrado ou em forma de oito e dança da foice  (Wiese, 1986).
Quadro 2. Tipos de dança realizados pelas abelhas Apis mellifera para transmitir informações sobre fontes de alimentos.
Dança
Função


Dança em círculo

Informa sobre fontes de alimento que estão a menos de 100 m de distância da colméia.



Dança do requebrado

Usada para fonte de alimento que estão a mais de 100 m de distância. Nessa dança, a abelha descreve a direção e a distância da fonte.



Dança da foice

Considerada uma dança de transição entre a dança em círculo e a do requebrado. É utilizada quando o alimento se encontra até 100 m da colméia.

As danças podem ser executadas dentro da colméia, sobre um favo, ou no alvado. Durante a dança, a operária campeira indica a direção da fonte de alimento em relação à posição da colméia e do sol. A distância da colméia até a fonte de néctar é informada pelo número de vibrações (requebrados) realizadas e pela intensidade do som emitido durante a dança. Quanto menor a distância entre a fonte e a colméia, maior o número de vibrações. A campeira pode interromper sua dança a curtos intervalos e oferecer às operárias que estão observando, uma gota do néctar que coletou. Assim, ela informa o odor do néctar e da flor e as demais operárias partem em busca desta fonte.  O recrutamento aumenta com a vivacidade e a duração da dança.

COLMEIAS
Colméia é o local onde moram as abelhas é a sua habitação. Na natureza as abelhas utilizam locais naturais como ocos de árvores, fendas de rochas, telhados de residências, buracos cavados por animais, cupinzeiros, pneus velhos, entre outros, para construir sue ninhos. Apesar da diversidade de locais as abelhas mantém um padrão de construção do ninho, em relação à posição dos favos, espaço entre eles, pontos de fixação no substrato. De posse desse conhecimento vários abrigos foram idealizados, tentando proteger as abelhas contra as intempéries e predadores, atender suas necessidades biológicas e a facilidade para o apicultor.
Em 1852, Lorenzo Lorraine Langstroth, após descobrir o “espaço abelha”, que é a distância que deve existir entre os favos e os componentes da colméia, para permitir a livre passagem e circulação das abelhas (mínimo 4,8mm e máximo 9,5mm), patenteou uma colméia que revolucionou o manejo apícola, pois possibilita a manipulação de todos os favos sem causar danos às abelhas. As abelhas preenchem com própolis todo o espaço entre as partes da colméia que seja inferior a 5mm, grudando as duas partes. Se superior a 9mm, elas constroem favos, unindo as 2 peças, dificultando o manejo pelo apicultor.
A colméia Langstroth, também conhecida como americana ou “standard” é a mais difundida no mundo. É uma colméia mobilista, isto é todas as suas partes são móveis, possibilitando ao apicultor retirar, acrescentar ou trocar quadros dos ninhos ou melgueiras de uma colméia, somente encaixando ou desencaixando essas partes, conforme a necessidade. É considerada colméia fria por permitir maior circulação do ar, pois possui os quadros em posição perpendicular ao alvado, o que exige, por parte do apicultor, maiores cuidados em relação aos ventos frios, regulado com a utilização do redutor de alvado.
É constituída de fundo ou assoalho, que serve de apoio para toda a estrutura; ninho, onde as abelhas se instalam e a rainha faz a postura; sobreninho ou melgueira, onde o mel será armazenado; e a tampa, que recobre a estrutura. Na base, abaixo da caixa ninho, está o alvado, que é a entrada da colméia.
O número de melgueiras dependerá do fluxo de néctar da região. Tanto o ninho como a melgueira deve ter de 9 a 10 caixilhos ou quadros de madeira, com três fios de arame, onde são fixadas lâminas de cera alveolada, nas quais as abelhas constroem favos de postura e de armazenamento de mel. A melgueira é menor na altura, e os seus quadros são usados para armazenamento de mel.
Em alguns casos as melgueiras têm sido substituídas por caixas ninho, o que permite ao apicultor operar com quadros de apenas uma medida.
A madeira para a construção das colméias deve ser bem seca para evitar alterações ao longo do tempo, pode-se usar eucalipto, cedro, cedrinho, canela, pinos, pinho e outras espécies da região, desde que não sejam tratadas contra cupim, brocas e fungos para evitar intoxicar as abelhas.
Para maior proteção e durabilidade da madeira das colméias recomenda-se a pintura com tintas à base de esmalte sintético, acrílico ou outras impermeáveis. As cores recomendadas são as claras, nos tons azul, amarelo, verde e rosa. Não usar branco na frente da colméia, pois seu reflexo confunde as abelhas, que não identificam com precisão a distância do alvado.  O verniz pode ser usado, mas é uma pintura de baixa durabilidade.
 Recomendações na construção de qualquer modelo de colméia:
- Deve-se observar rigorosamente as medidas-padrão na fabricação das colméias e quadros;
- A padronização das medidas também é importante para uso de outros acessórios e equipamentos apícolas, como: centrífuga, redutor de alvado, alimentadores, coletor de pólen, entre-tampa, tela excluidora, etc.
- O “espaço-abelha” entre os quadros e as paredes laterais e a tampa deve ser respeitado para permitir o tráfego rápido e fácil das abelhas pelo interior da colméia;
- Entre o fundo da colméia e a base dos quadros, a distância de ser de 10 a 15mm para permitir boa ventilação interna e facilitar a entrada das abelhas pelo alvado.

 

       











Figura 20: Colméia Langstroth, padrão ou americana

LOCALIZAÇÃO E INSTALAÇÃO DO APIARIO
            A escolha da localização para a instalação do apiário é de suma importância para o sucesso na criação de abelhas e deve levar em consideração fatores que permitam, além de boa produção, segurança, saúde às abelhas e facilidade na execução das práticas de manejo.
            Existem dois tipos de apiários: o apiário fixo e o migratório. No apiário fixo as colméias são mantidas permanentemente num local, o que facilita o manejo às colméias, mas por outro lado, limita a capacidade de produção das abelhas, uma vez que a produção estará na dependência das floradas que ocorrem próximo ao apiário no decorrer do ano. O apiário migratório é instalado em dois, três ou mais locais diferentes ao longo do ano, dependendo da ocorrência de floradas com potencial apícola, ficando a cargo do apicultor a procura por floradas e não das abelhas. Nesse tipo de apiário a mão-de-obra e manejo são bem maiores, no entanto a produção é superior ao apiário fixo. A produtividade em apiários fixos pode alcançar, em média, 20 a 50 kg de mel/colméia/ano, enquanto que em apiários migratórios, pode alcançar de 80 a 120 kg de mel/colméia/ano.
Na escolha do local para a instalação das colméias devemos observar alguns aspectos como:

•          Perto de fonte de néctar: capoeiras, “pragas de pasto”, matas;
•          Próximo de água não poluída (distância máxima de 300m);
•          Acesso fácil aos meios de transporte;
•          Protegido dos ventos, que é prejudicial para as larvas mais jovens;
•          Distantes 400m de residências, criações e estradas;
•          Evitar locais com muita umidade e Sol excessivo nas colméias (no caso de regiões com temperaturas elevadas);
•          Distante 3 km de outro apiário;
Após a escolha devemos adequar o local seguindo alguns passos:
      •         Limpar o local onde serão instaladas as colméias;
•         Distância entre colméias dependerá da experiência do Apicultor e do grau de defensividade dos enxames. As distâncias entre as colméias variam entre 2 a 5m;
•         Instalar no máximo 20 colméias por apiário. Para saber se o local comporta mais colméias é só verificar se a produção por colméia está entre 40 e 60kg de mel, por ano;
•         Colocar as colméias sobre estrados ou cavaletes individuais para protegê-las contra a umidade, formigas, sapos, tatus, etc;
•         Plantar várias espécies vegetais de interesse apícola ao redor do apiário;
•         Se necessário, fazer quebra-ventos: proteção contra a poeira e ventos.





21 febrero 2011

Recomendaciones para el control de Varroasis

El contenido técnico del presente texto fue revisado y consensuado en el ámbito de la CONASA (Comisión Nacional de Sanidad Apícola).
 La Varroasis es causada por un ácaro denominado Varroa destructor.
La VARROASIS es una parasitosis que afecta a las abejas adultas y a sus crías causando serias pérdidas en la producción apícola del país. Es causada por un ácaro denominado Varroa destructor. Es un parásito externo que cumple un ciclo de vida complejo fijándose a las abejas y succionando su hemolinfa. Para reproducirse ingresa a las celdas, atacando a la cría y afectando su desarrollo.
El objetivo de las siguientes recomendaciones es brindar a los apicultores una herramienta técnica necesaria para disminuir los niveles de infestación de esta parasitosis, evitar la mortandad de colonias y los riesgos que permanezcan en la miel residuos de los productos acaricidas utilizados por encima de los niveles permitidos.Existen variadas alternativas de control de esta parasitosis, La reproducción y comportamiento del ácaro se encuentran estrechamente vinculados son las características climatológicas de lugar. Por lo tanto, resulta necesario diseñar estrategias de control adaptadas a cada región en particular.
Aplicando una estrategia de control efectiva logrará:
• Disminuir los niveles de infestación de su apiario
• Reducir mortandad de colonias
• Aumentar su producción y
• Evitar el riesgo que permanezcan residuos por encima de los niveles permitidos
Estrategia de control
Toda estrategia de control debe incluir:
• MONITOREOS PERIODICOS
• DISEÑO DE LA CURVA POBLACIONAL Y PLAN DE CURA
• CORRECTA ELECCION DE PRODUCTOS ACARICIDAS
Monitoreos periódicos
La importancia de realizar monitoreos
La carga de ácaros presente en las colmenas nos indica la gravedad de la parasitosis. A su vez, a través de la carga parasitaria podremos evaluar el éxito de los tratamientos aplicados y decidir en qué momento y con qué productos nos
conviene curar.
Para ello, se recomienda realizar la "Prueba del Frasco", considerada sencilla y de bajo costo, nos permite determinar el porcentaje de infestación de varroas en fase forética.
¿Cuándo realizar la "Prueba del Frasco"?
• Monitoreos antes, durante y después de la aplicación del tratamiento: se toman muestras individuales del 10% de las colmenas del apiario.
¿Cómo realizar la "Prueba del Frasco"?
 
1. Elementos necesarios
• Frasco de boca ancha
• Agua y alcohol en partes iguales (se agrega antes o después de la recolección de abejas)
• Sistema de colador doble
2. Toma de muestras
Las muestras son individuales de por lo menos el 10% de las colmenas que conforman el apiario.
La Prueba del Frasco estima el porcentaje de infestación en estado forético.
Se realiza a partir de la recolección de al menos 300 abejas nodrizas. La muestra se obtiene tomando el cuadro con una mano, el frasco con la otra y deslizándolo suavemente de arriba hacia abajo para que caigan las abejas. Se debe recolectar de ambas caras de 3 cuadros diferentes de la cámara de cría. En lo posible, elegir cuadros separados entre sí y con predominancia de cría abierta.
3. Agitar: Se agitará el recipiente (abejas + alcohol/agua) durante un mínimo de 5 minutos para favorecer el desprendimiento de los ácaros. Luego lavar la muestra
con abundante agua para evitar que los parásitos queden adheridos a las abejas.
4. Filtrar: el contenido mediante tamiz doble (uno retiene abejas, el otro, con criba más pequeña, retiene a los ácaros).
5. Contar: ácaros y abejas por separado.
6. Calcular el % de infestación: dividiendo ácaros sobre abejas y multiplicando por 100.
Curvas poblacionales
La CURVA POBLACIONAL, expresa los cambios que sufren las poblaciones de abejas durante el año, que a su vez, serán similares a los que sucedan en la población de ácaros.
Al aumentar o disminuir la cantidad de crías de abejas aumentará o disminuirá de igual forma la reproducción del ácaro.
Esta dinámica puede expresarse en la CURVA POBLACIONAL y nos permitirá, a través de su análisis, saber o suponer la evolución de la parasitosis.
Es por ello que antes de diseñar y aplicar una estrategia se recomienda conocer la curva de dinámica poblacional de ácaros y abejas de la zona.
Gráfico 1.- Curva población modelo. Esta curva representa una región del sudeste de la provincia de Buenos Aires. A partir de este ejemplo, en cada zona se podrá trazar su propia curva según clima y floración.
Basándonos en la curva de la zona, la entrada principal de néctar y el periodo de carencia del producto elegido, podremos decidir los momentos adecuados y los tipos de tratamientos a aplicar. Además, partiendo de curvas poblacionales conocidas, podremos adelantarlas o prolongarlas ya sea por incentivo de colonias o por trashumancia, y tomar automáticamente nuevas decisiones sobre los tratamientos a aplicar.
Tratamientos
Los tratamientos deben programarse de acuerdo a:
• Las curvas de población en sus apiarios
• La carga parasitaria (Prueba del Frasco) y
• La fecha de inicio del flujo principal de néctar
La práctica y experiencia indican que en gran parte de la Argentina, resulta necesario aplicar, al menos, dos tratamientos anuales.
A partir de la interpretación de curva poblacional surgen dos alternativas de tratamientos anuales:
 Opción A: aplicación pos-cosecha (última vuelta de cosecha) + aplicación en primavera temprana (cuando empieza a expandirse el nido de cría).
  Opción B: aplicación pos-cosecha + aplicación en otoño tardío (cuando el nido de cría se ha reducido en forma importante y la gran mayoría de los ácaros están en estado forético).
Se optará por una de estas dos alternativas según los monitoreos continuos que se realicen en cada zona.
Nunca debe omitirse la cura pos-cosecha
Antes y después de cada aplicación se evaluará la carga parasitaria de los colmenares a través de la prueba del frasco.
El resultado obtenido ANTES del tratamiento indicará la necesidad o no de hacerlo, y nos permitirá evaluar, realizando otra prueba DESPUES tratamiento, la eficacia del mismo.
La interpretación del resultado de la prueba del frasco luego de la acción del producto acaricida estará sujeta a:
• momento del año en que se toman las muestras
• carga parasitaria en el momento de la aplicación del producto
• cantidad de cuadros con cría y cantidad de abejas conformando la colonia en ese momento
• fenómenos de re-infestación por apiarios cercanos sin tratar
• ineficacia del producto por resistencia al principio activo
Se considerará que un TRATAMIENTO fue EXITOSO cuando el resultado de la prueba del frasco DESPUÉS de la aplicación NO SUPERA el 1% de infestación.
¿Cuando es necesario aplicar un tercer tratamiento?
Para decidir sobre la aplicación o no de un tercer tratamiento anual se debe evaluar la carga parasitaria regularmente, incluso en momentos en los cuáles no se aplicará un tratamiento.
Por ejemplo, si optó por la alternativa de aplicar una cura en poscosecha y otra en primavera temprana (opción A), es imprescindible evaluar la carga parasitaria en otoño, pues es posible que la infestación en fase forética supere el 1% y sea necesario otro tratamiento antes de ingresar a la invernada.
Gráfico 2.- Opción A: se marcan los dos tratamientos. Y la flecha pequeña indica Cuándo debe realizar la prueba del frasco adicional (antes del inicio de la invernada).
 Del mismo modo, si eligió la alternativa de tratar en poscosecha y otoño tardío (Opción B) deberá determinar la carga parasitaria a la salida del invierno para evaluar la necesidad de aplicar un tratamiento adicional al inicio de la temporada.
 Gráfico 3.- Opción B: se marcan los dos tratamientos. Y la flecha pequeña indica:
Cuándo debe realizar la prueba del frasco adicional (a la salida del invierno).
Tener en cuenta que la pos cosecha es el momento crítico para la colonia pues el prolongado tiempo transcurrido desde la última aplicación de un producto acaricida y la constante disponibilidad de celdas de crías permitirá la multiplicación incesante de varroas.
Tratamientos coordinados
Para lograr y mantener con éxito el control de la parasitosis en su apiario deberá evitar la reinfestación a través de los apiarios cercanos. Para ello, se recomienda organizar monitoreos continuos y la aplicación de tratamientos en forma coordinada con los apicultores vecinos y así eliminar, en forma masiva, la mayor cantidad de ácaros de la región.
Elección de productos a aplicar
Como elegir y utilizar los productos acaricidas

• Elija productos acaricidas que estén aprobados para su uso en abejas por el SENASA
• Tenga en cuenta que toda sustancia que coloque en la colmena, como los medicamentos, pueden dejar residuos en los productos (miel, polen, propóleos) que luego serán destinados a consumo humano.
• Aplicando la dosis correcta evita el desarrollo de farmacoresistencia por parte del ácaro y la aparición de residuos en los productos
¿Cuáles son las características de los productos aprobados?
• Están compuestos por un principio activo y excipientes
• Son formulaciones conocidas y estables
• Conocemos la dosis que se aplica en cada tratamiento.
• Sabemos cómo se comporta el principio activo en la colmena y la concentración de residuos que puede permanecer en los productos obtenidos.
• El rótulo aclara la información necesaria para la forma correcta de aplicación y el período de carencia.
¿Cuáles son las características de los productos ilegales?
Los productos que no se encuentran aprobados por SENASA para uso en apicultura son productos ilegales (mal llamados "artesanales").
• No poseen dosis conocidas ni soporte adecuado
• No tienen ningún control de calidad durante su elaboración
• Carecen de controles farmacológicos que permitan determinar su periodo de carencia
• Pueden provocar mortandad por intoxicación de abejas adultas o crías
• Aceleran la aparición de ácaros resistentes a ROTACION DE PRINCIPIOS ACTIVOS
¿Por qué debemos rotar los principios activos?
La rotación de los principios activos evita la aparición de ácaros resistentes a los medicamentos. Por ello se deben elegir productos formulados con diferentes familias de drogas entre una cura y otra, para no repetir principios activos. Aunque
los acaricidas orgánicos poseen baja probabilidad de producir resistencia, tampoco se aconseja utilizar siempre el mismo acaricida orgánico.
Periodo de carencia
Es el tiempo que transcurre entre la última aplicación o retirada del producto hasta el inicio del próximo flujo de néctar.
Respetando el periodo de carencia, la dosis y modo de aplicación indicados en los marbetes de los productos veterinarios se evitará la permanencia de residuos por
encima de las concentraciones aceptadas.
Se recomienda consultar regularmente el listado de productos acaricidas aprobados por el SENASA para su uso en apicultura.
El listado puede ser extraído de: www.senasa.gov.ar
También puede ser solicitado al correo electrónico: apicultura@senasa.gov.ar
LA ELECCIÓN DE PRODUCTOS APROBADOS PARA SU USO EN ABEJAS,
CONTRIBUYEN A MANTENER LAS COLONIAS SANAS Y EQUILIBRADAS,
REDUCIENDO LA MORTANDAD INVERNAL, ASEGURANDO MAYOR
PRODUCCIÓN Y GARANTIZANDO LA INOCUIDAD DE LOS PRODUCTOS
OBTENIDOS.
CONTACTESE CON UN TECNICO ESPECIALIZADO QUE LE AYUDE A ELEGIR
LA MEJOR OPCION PARA SUS COLMENAS.
 Programa de Control de Enfermedades de las Abejas. SENASA